por: PlanetaDasCalopsitas
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terça-feira, 22 de maio de 2012
Aparando as asas:
Aparar as penas das asas de seu calopsita é fundamental, pois assim ele
não conseguirá levantar vôo. Esta tarefa é rapida e fácil de ser
realizada, mas precisa de duas pessoas para fazê-la. Enquanto alguém
segura a calopsita e estica uma de suas asas aberta, a outra deve aparar
as penas como mostra na imagem.
Este processo deve ser realizado mensalmente para que seu amiguinho
esteja sempre de asas bem aparadas
sábado, 19 de maio de 2012
Mutações:
No cativeiro foram surgindo mutações de cores variadas, algumas bastante diferentes das observadas na Natureza. A partir de 1949 a espécie começou-se a difundir pelo mundo, com a criação do "silvestre", e em seguida "arlequim" mutação desenvolvida na Califórnia, nos Estados Unidos.
Existem muitas mutações de calopsitas com cores variadas, são elas: Silvestre, Arlequim, Lutino, Canela, Opalina (Pérola), Cara Branca, Prata, Fulvo, Albino (há um padrão albino e não apenas mutações genéticas), Pastel, Prata Recessivo e Prata dominante.
Existem muitas mutações de calopsitas com cores variadas, são elas: Silvestre, Arlequim, Lutino, Canela, Opalina (Pérola), Cara Branca, Prata, Fulvo, Albino (há um padrão albino e não apenas mutações genéticas), Pastel, Prata Recessivo e Prata dominante.
Comportamento de sua calopsita:
O que
aconteceria se você se apaixonasse por um (a) estrangeiro (a)?
Provavelmente, para não perder seu amor você teria que aprender o idioma
dele, porém enquanto não conseguisse aprender, encontraria nos gestos a
forma de comunicação. Está certo este raciocínio? Partindo do princípio
que sim, eu lhe pergunto: Como entender sua calopsita se ela ainda não
pode usar as palavras para se comunicar? Estamos diante do enígma
chamado COMPORTAMENTO.
Vamos
tentar desvendar um pouco da linguagem do seu amiguinho? As formas de
comportamento da ave são dicionários, são trilhas para que possamos
entender o que se passa com elas. Vamos ver os sinais?
Asas abertas, cabeça para baixo, bum bum para cima: demonstração
de alegria ou “exposição da própria figura” (se mostrando). Esta
atitude quer dizer que sua calopsita deseja “aparecer”, ser notada. Faça
com que ela veja que você a notou. Aplauda, diga que as asas dela são
lindas, que ela é maravilhosa e que você a ama. Faça-a perceber seu
entusiasmo.
Arrepio nas costas (como se fosse um gato) e um sacolejo após o arrepio: Ela está espantando a tensão.
Berros: Ela
pia e grita. Grita alto. Está reclamando. Algo não está como ela quer
que esteja, ou ela quer algo que não foi feito, ou seja: está
descontente e, provavelmente, vai gritar até conseguir o que quer. Pode
até desistir, porém vai levar dias e dias para desistir. Você deve
descobrir o que a incomoda, ou o que ela deseja e fazer a sua vontade se
quiser paz. Pode tentar distrair a atenção dela com algo que ela goste
muito de comer. Costumam gritar também por ciúmes, ou para chamar sua
atenção para uma situação que ainda nem ocorreu.
Pios baixinhos: Se
seu amiguinho deu pios baixinhos em situações especiais preste atenção.
Situação 1. Ele está tomando algum remédio, você o medicou à noite e
está indo dormir quando ouve seu pio sutil: esta atitude quer dizer que
ele está chamando você de volta, pedindo-lhe que fique com ele, que não
o deixe sozinho. Talvez esteja com medo, com dor ou com mal estar e se
sente seguro e protegido com sua presença.
Situação 2. Se houve tempestade e trovões fortes. Ele pode estar com medo e quer companhia.
Situação
3. Se há outras calopsitas no mesmo viveiro ou gaiola e alguma está
passando mal. Uma delas pode piar (pio mais intenso) para lhe avisar que
você deve ir prestar socorro.
Em
quaisquer circunstâncias que sua calopsita der pios fora do contexto,
fique atento. Provavelmente, ela deseja lhe avisar sobre algum fato.
Stress: A
ave está sonolenta (depressão), as penas fechadas mostrando um corpinho
esguio (susto), as asas semi-abertas, o topete mais para cima (susto).
Ela não presta atenção em você, está apática, asas caídas ao longo do
corpo (depressão ou doença), ou concentrada em algum ponto (susto).
Ela
pode ficar estressada após você ministrar alguma medicação à força no
bico, após ser manuseada, após ter sido transportada, após ter caído ou
após ter passado por situação da qual não gostou. Deixe-a descansar, de
preferência na penumbra e no silêncio. Ela pode mostrar os sinais de
susto por manuseio, por medo de pessoas ou animais (até por ver o gavião
voar ao longe), por medo de objetos e até por medo de tempestades.
Procure afastá-la do que causou o medo e o susto.
Cropofagia
é o ato de comer as fezes. Se sua calopsita está comendo as próprias
fezes, ela está com cropofagia. Mas por que isto acontece? Acontece com
aves mal nutridas que têm o hábito de consumir apenas sementes e que
estão com carência de vitamina B. A falta de vitamina B provoca andar
inseguro, tonturas, convulsões, cropofagia, etc. Providência: Acostume
sua ave a comer
verduras e legumes de cor verde escura (couve, brócolis, jiló,
catalônia etc.) e, com certeza, não precisará recorrer a medicamentos.
Agressões a bicadas e canibalismo: A
ave agride por causa de medo, para defender seu território, por razões
sexuais ou mudanças hormonais. Se as causas das bicadas são
esporádicas, tipo: passou por medo só bicou na hora do ocorrido, não há
motivo para preocupação, pois é normal, no entanto uma ave que agride a
outra com frequência e com intenção de machucar, matar ou intenção de
arrancar pedaços, aí sim, há motivo para preocupação. Esta ave deve ser
isolada e submetida a tratamento. Problemas de território podem ser
corrigidos com florais. Problemas de território é quando a ave acha que
manda no viveiro e tenta impedir as demais aves de circularem pelos
poleiros mais altos. Ela se posiciona como mandona e pode agredir para
ser obedecida. Uma boa forma é
colocar a ave numa gaiola separada e deixá-la, alguns minutos, sozinha
em algum cômodo (castigo) para que ela perceba que não manda no espaço,
mas não vá esquecê-la por lá, viu?
Quando
há evidência de canibalismo (ave que arranca pedaços de outra), deve-se
procurar o veterinário com urgência para que providências sejam
tomadas e, se necessário, colocar na ave o “colar elizabetano” até que
ela mude o comportamento.
Auto-mutilação: Os fatores que levam a auto-mutilação podem ser: stress, parasitas, disfunção hormonal,
má alimentação. No início a ave começa a se coçar em excesso, depois
passa a arrancar as penas, principalmente as das coxas, do peito e do
abdômen. É necessário boa higiene, carinho, vitaminas e consulta com um
veterinário para tratar as causas e os ferimentos, usando, talvez, o
colar elizabetano como coadjuvante na cura.
Aonde minha calopsita deve ficar?
Foto: Beatriz F Milioli
Calopsitas
podem ser criadas em gaiolões de 1,0 X 0,5 X 05 metros para um casal.
Pode ser colocado um ninho de madeira do lado de fora ( com um tamanho aproximado
de 20 X 20 cm de frente com entrada redonda e 35 cm de comprimento). Atualmente
encontram-se à venda ninhos prontos para calopsitas. Porém muitas
vezes eles não têm a qualidade ou atendem às nossas necessidades.
Nestes casos devemos ou fabricá-los ou encomendá-los a quem
os faça. Alguns criadores recomendam a instalação de
2 poleiros de diâmetros diferentes . Há aqueles que adotam poleiros
que contém uma lixa fina na parte inferior do poleiro. Desta forma
as unhas das aves são automaticamente 'lixadas', evitando problemas
de excesso de comprimento. Algumas aves, porém, podem acabar tendo
uma espécie de 'alergia' nas patas. Desta forma vale a pena observá-las
quanto a isto. Nas limpezas das gaiolas nunca devemos esquecer de, também,
limpar os poleiros.
Os gaiolões
devem ser preferencialmente retangulares ( evite os de formato arredondado
) e de arame ( nunca de madeira - as calopsitas adoram roer madeira ) . Mesmo
o arame deve ser visto como um item à parte de forma a facilitar sua
limpeza. Deve-se optar por arames galvanizados ou, melhor ainda , os encapados
que podem mais facilmente ser limpos ( embora saiam mais caro) . Estes gaiolões
devem ser instalados em um quarto ou outra dependência ventilada sem,
entretanto, ter correntes de ar. As correntes de ar, sobretudo em tempos mais
frios, são um enorme problema para aves. Preferencialmente deve-se
posicionar os gaiolões de forma a que possam receber o sol da manhã.
A exposição ao sol é necessária para as aves da
mesma forma que para os humanos. Caso os gaiolões acabem ficando muito
tempo expostos ao sol ( problema sobretudo no verão ) é de bom
senso fornecer anteparos que criem sombras e possam, assim, proteger as aves
da exposição excessiva. O melhor a fazer é deixar a própria
ave ter a opção de escolher a exposição que mais
lhe convém. Não esquecer de fornecer bebedouros, comedouros
e uma 'banheira' para as aves. Atentar para estas banheiras. Retirá-las
o mais breve possível após o seu uso pois as aves podem vir
a beber desta mesma água e ter problemas de saúde. Deixar espaço
para fornecer as demais alimentações como milho, verduras, frutas,
legumes, farinhada.
Viveiros
podem ser criados tendo como padrão o tamanho de 3 X 1 X 2 metros para
um casal. O viveiro pode ser composto de tijolos de barro rebocados ou blocos
de cimento revestidos com argamassa ou placas de cimento. A cobertura pode
ser efetuada com telhas de cerâmica preenchendo de 1/3 a 1/2 do teto.
Deve ser dada atenção sobretudo à proteção
dos comedouros, bebedouros e dos eventuais ninhos. A tela utilizada pode ser
de 1/2 polegada e fio 18. O piso pode ser de concreto com ligeira queda e
saída para escoamento das águas. Não devemos nos esquecer
dos poleiros, vasilhas de barro ou louça e da destinação
de uma para que possa ser utilizada como 'banheira' pelas aves ( vide o item
acima dos gaiolões, o mesmo processo se aplica aqui). Algumas pessoas
decidem trocar os poleiros convencionais por arbustos ou pequenas árvores,
fornecendo um visual melhor e mais naturalidade para as aves. Nestes casos
devemos conhecer a flora que estamos fornecendo para nos assegurarmos que
não irá dar problemas com as aves. Lembre-se sempre que as aves
bicam praticamente tudo). Da mesma forma que os gaiolões os viveiros
devem ser dispostos de forma a receber o sol da manhã ( tendo os já
comentados anteparos ) . Podemos proteger os viveiros dos ventos por paredes,
quebra-ventos, cercas vivas. Em casos de necessidade pode-se instalar um revestimento
de plástico resistente e retrátil. Mas atentar que as aves podem
fazer um grande estrago neste revestimento. Daí a necessidade de ser
retrátil e utilizar apenas quando necessário. Da mesma forma
elas podem mesmo comer parte da parede ou mesmo do concreto (!). Isto é
normal e não acarretará problemas a suas aves, apenas ao seu
bolso .
NOTA:
Não nos devemos esquecer da higiene necessária ao ambiente em
que as aves irão ficar. Devemos regularmente desinfetar gaiolas, ninhos,
bebedouros, comedouros, tudo que se refere às aves. É aconselhável
a limpeza utilizando produtos especialmente destinados a isto como, por exemplo,
Kilol-L . Utilizar sempre os produtos que são facilmente degradáveis
e que agredirão o mínimo possível suas aves. Uma intoxicação
da ave por produtos químicos que normalmente usamos em casa podem ser
fatais mesmo com um contato mínimo. Infelizmente isto nem sempre é
adotado pelo criador. As aves acabam morrendo sem causa aparente e sem que
o criador tenha a mínima noção do problema.
NOTA:
Não utilizar jornais nas forragens em gaiolas.
Jornais são impregnados com chumbo e já tivemos notícias
de diversos criadores que tiveram suas aves mortas por esta intoxicação.
Utilizar papel pardo ou rosado em seu lugar. Ou então se utilizar das
serragens que normalmente são vendidas em petshops. Além de
representar um risco bem menor a serragem proporciona melhor absorção
da umidade e, em consequência, acaba gerando menos odores ruins ao ambiente.
Procure utilizar serragens de florestas replantadas, se possível. Atualmente
o custo da compra de serragem em lugar de jornais acaba saindo mais em conta
do que os próprios jornais.
Apenas
para finalizar : estamos falando sobre gaiolas e viveiros para calopsitas.
Mas e quem tem calopsitas mansas ? Como fica a questão das gaiolas
? Bom, há diversas aproximações ao assunto. Uma delas
é fornecer apenas uma gaiola como referência para ter onde colocar
água, comida, ter um poleiro, lugar para dormir. Uma calopsita mansa
não necessitaria, obrigatoriamente, de uma gaiola. Alguns criadores
apontam que a gaiola, para estas aves, funcionaria mais como um item para
que se sintam seguras caso estejam assustadas. Existem no mercado as gaiolas
'abertas' que se destinam a papagaios e calopsitas ( vide imagem acima ) .
Elas podem ser uma boa opção para aves amansadas. As aves que
possuo, caso fiquem fechadas em uma gaiola, acabam por ficar estressadas e
por vezes tentam sair pelo vão dos arames. Isto poderia propiciar um
ferimento, no mínimo. Possuo uma gaiola e as minhas calopsitas dormem
EMCIMA da gaiola. Outros criadores deixam as aves presas durante o dia e as
soltam quando chegam do trabalho. Tudo depende, na verdade, da rotina, dos
ajustes, das necessidades e da adaptação entre o criador e sua
ave. Se elas são acostumadas desde pequenas a ficar em gaiola e somente
saírem quando há pessoas na casa acabam se acostumando a isso.
Se são acostumadas a ficar sempre soltas forçá-las de
uma hora para outra que fiquem em gaiolas pode ser algo perigoso. Leve isto
em consideração quando decidir que estratégia de criação
vai adotar com suas aves.
Como saber se é macho ou femea?
Foto :
Cortesia Dr. Rob Marshall - www.birdhealth.com.au
Foto :
Cortesia Dr. Rob Marshall - www.birdhealth.com.au
A sexagem
das demais variedades realmente é difícil, sobretudo nas lutinas
ou brancas . Caso se observe as penas inferiores da cauda e se note, mesmo
que levemente, um desenho 'rajado' ( listras ) pode-se pressupor, com um certo
acerto, tratar-se de uma fêmea.
Uma outra
forma de se diferenciar o sexo das aves é quando as mesmas estão
com uma idade aproximada entre 4 e 5 meses de vida. Neste período os
machos começam a piar mais, começam timidamente a ensaiar cantos,
piados diferenciados, mesmo imitação dos sons à sua volta.
Esta é uma característica masculina da espécie, embora
já se tenha observado que algumas fêmeas também podem
agir desta forma. Mas esta é uma exceção. Normalmente
as fêmeas apenas emitem um piado ou pequenas variações
deste piado ao longo de sua vida.
Alimentação dos filhotes:
Foto :
Flávia Catarina
As calopsitas
podem efetuar sua reprodução o ano inteiro mas é aconselhável
deixar que tenham apenas 2 ou 3 ninhadas anuais. Há um grande desgaste
dos pais no tratamento e cuidados dos ovos e filhotes levando-os a uma exaustão
caso fiquem efetuando reproduções uma após a outra. Notar
que nas épocas de procriação deve ser fornecido milho
verde diariamente, sobretudo quando nascerem os filhotes. Procure fornecer
também de forma regular ( dia sim , dia não ) as verduras (
vide o item Alimentação do site). A alimentação
dos pais também deve ser mais abundante, bem como a oferta de água
disponível. Os criadores experientes aconselham deixar sempre à
disposição das aves 'banheiras' com água , sobretudo
nesta época. Os pais eventualmente procuram esta oferta extra de água
até mesmo para auxiliar no nascimento dos filhotes, umedecendo os ovos
. A aplicação de vitaminas também é efetuada por
alguns criadores, bem como fornecimento de cálcio extra ( normalmente
colocado na água das aves ) . Porém aves saudáveis e
bem alimentadas não têm a necessidade destes complementos. Para
que a postura finalize basta que se retire o ninho. É aconselhável
então a limpeza do ninho, deixando-o preparado para quando ocorrer
a próxima época de postura. Os criadores limpam os ninhos e
o desinfetam com álcool , deixando-o secar naturalmente.
Tem-se
observado que normalmente épocas secas tendem a fornecer menos ovos
galados , mesmo embora os pais estejam saudáveis e sejam prolíficos.
Foto :
Flávia Catarina
Os pais,
na época da reprodução, podem ficar mais arredios ( mesmo
se forem calopsitas mansas ) e mesmo agressivos. Isto é natural devido
ao seu instinto básico de cuidado e proteção das crias.
Sempre é bom lembrarmos disto ao tormarmos alguma bicada inesperada.
É aconselhável deixar o ninho em um lugar tranqüilo , dando
uma sensação um pouco maior de proteção. Por vezes
é observado um comportamento diferente dos pais abrindo as asas e ameaçando
bicar, tal qual uma águia preparada para atacar. Nestas épocas
o simples barulho à noite pode ocarretar este comportamento. Se efetuarmos
a alimentação dos filhotes na mão acabamos por amansá-los
naturalmente. Para maiores detalhes sobre este processo leia o item
Calopsitas Mansas do site. Também é normal que os machos,
nestes períodos, diminuam bastante o canto. A maioria simplesmente
para de cantar. Na natureza o fato de permanecer em silêncio quando
se está com filhotes acaba por ser um fator a mais na proteção
das crias. Embora nossas aves estejam livres dos perigos naturais o comportamento
dos pais permanece, por instinto.
Pai alimentando
filhote - Foto : Flávia Catarina
Após
a eclosão dos ovos os pais se revezam no cuidado e alimentação
dos filhotes. O comportamento dos pais, a partir deste momento, pode variar
ainda mais. Normalmente a fêmea fica com os filhotes. Quando ela sai
o macho fica no ninho aguardando o retorno dela para poder sair novamente.
Tanto a fêmea quanto o macho alimentam o filhote diretamente no bico.
Atentem que nem todos os ovos eclodem, obrigatoriamente. O período
de duas semanas é crucial no crescimento dos filhotes. Quanto mais
os filhotes receberem alimento diretamente dos pais mais saudáveis
eles serão. Quando se quer amansar calopsitas normalmente se retiram
os filhotes durante o final deste período . Antes disto há grande
chance dos filhotes morrerem. Para maiores detalhes da criação
de calopsitas mansas veja o item Calopsitas
Mansas . Atualmente tem-se a tendência de tentar amansar calopsitas
somente a partir dos três meses de vida. Desta forma garante-se uma
maior saúde e longevidade da ave. Embora deva-se evitar ao máximo
se mexer em ninhos neste período temos que atentar para dois fatos
:
Primeiro
: algumas vezes um filhote acaba saindo do ninho propriamente dito, indo para
a 'ante-sala' ( onde há a abertura redonda de entrada do ninho ) .
Caso o filhote seja novo e fique lá são grandes as chances de
sua morte. Filhotes não conseguem gerar o seu próprio calor
de forma adequada. Permanecendo na câmara do ninho é aquecido
pelos pais e, quando há mais de um filhote, pelo próprio irmão.
Nestes casos é interessante uma avaliação adequada e
que se tente pôr de volta o filhote na câmara principal. Na foto
abaixo note que há tanto filhotes na câmara principal quanto
na 'ante-sala' . Como é grande o número de filhotes isto é
normal. Note que ficaram , neste caso, dois nesta ante-sala. E como são
um pouco maiores e mais emplumados acabam conseguindo se aquecer melhor.
Foto :
Flávia Catarina
Segundo
: algumas vezes os pais acabam não alimentando os filhotes ou acabam
alimentando-os menos do que deveriam. Nestes casos os filhotes podem simplesmente
morrer por inanição. Temos também a possibilidade de
que, por algum motivo, os pais abandonem o ninho. Em qualquer destes casos
se não tomarmos alguma ação os filhotes certamente morrerão.
Devemos lembrar, sempre, que calopsitas são aves naturalmente assustadiças.
Um grande susto ou grande alteração de seu ambiente de forma
repentina pode ocasionar tais abandonos. Nestes casos temos que proceder,
nós mesmos, à alimentação deste filhotes. Abaixo
fornecemos a maneira certa para agirmos da forma mais acertada possível.
Filhotes são extremamente frágeis e delicados. Temos que tomar
o maior cuidado possível no eventual manejo dos mesmos.
A alimentação
deste filhotes com poucos dias ou semanas de vida deve ser efetuado com cuidado
e critério. Atualmente existem, no mercado, diversos alimentos destinados
à alimentação de filhotes de aves. Marcas como CC-Albium,
Beppler, Alcon têm colocado à disposição do criador
alimentos que atendem a este fim. Se possível devemos procurar alimentos
voltados a psitacídeos. Nem sempre é possível esta escolha,
sobretudo em lugares muito afastados dos grandes centros urbanos ou onde não
haja grande saída de produtos para aves. Atualmente a Alcon tem para
venda alimentos especialmente voltados para filhotes de psitacídeos,
caso das Calopsitas. Junto com as embalagens segue também a forma de
preparo dos mesmos. Via de regra o alimento - em pó - deve ser dissolvido
em água morna e servida aos filhotes. Embora filhotes possam aceitar
alimentos frios observa-se uma aceitação maior quando a alimentação
se dá morna. Os filhotes podem, inicialmente, não aceitar de
bom grado este tipo de alimento. Devemos, entretanto, insistir para garantir
a vida da ave. Alguns criadores se utilizam de seringas. Enchem-na de alimento
e colocam dentro do bico da ave. A Cockatiel Society aconselha que
os filhotes sejam primeiramente aquecidos e colocados sobre uma superfície
devidamente 'acolchoada' por panos de forma que o filhote possa sentir o mínimo
possível de frio.
Filhotes
cinza - Foto : Flávia Catarina
Atualizando
os conhecimentos atuais temos procedimentos mais detalhados nesta alimentação
por seringa : Com o filhote de frente para você , seringa na mão
direita, entre com a seringa pelo lado direito do bico do filhote, diagonalmente,
cerca de 45° em direção ao lado esquerdo ( onde fica o papo
) . Quando a seringa entrar no bico pressione lentamente para que o filhote
reconheça a 'papinha'. Quando ele sentir e começar a pedir vá
apertando a seringa levemente de forma a não encher totalmente seu
bico de papinha e nem que aspire o ar, podendo engasgar. E desta forma vá
alimentando o filhote ( abaixo segue esquema visual para auxiliar a sabermos
como alimentar e quanto de alimento devemos dar aos filhotes ) .
Alguns
criadores aconselham a alimentação através de colheres
de café ( pequenas ) . Se possível 'entortadas' nas bordas de
forma a criar um pequeno 'funil' . Pegamos o alimento e damos diretamente
no bico da ave. Elas aceitam o alimento normalmente.
Outros
criadores pegam pedaços de madeira ou plástico bem finos, colocam
o alimento neles e , a seguir, no bico dos filhotes. Independentemente do
método devemos sempre nos lembrar da delicadeza dos filhotes e procurar
sempre tomar o maior cuidado possível.
Sempre
após a alimentação dos filhotes temos que proceder à
limpeza dos mesmos, sobretudo nos bicos. Caso as penas fiquem sujas devemos
umedecer um pano limpo em água morna e, delicadamente, proceder à
limpeza da ave. O mesmo vale para o bico. A sujeira nos bicos pode favorecer
a criação de fungos, prejudicando a ave. Pode-se utilizar uma
haste de plástico com algodão na ponta ( 'cotonete' ), umedecê-lo
em água morna e proceder à limpeza do bico .
Devemos
proceder à alimentação dos filhotes sempre que eles estiverem
com aproximadamente 10% do papo vazio. Abaixo segue uma 'tabela' para auxiliar
no controle da alimentação dos filhotes . Devemos atentar que
muitos filhotes, mesmo com o papo cheio, ficam ainda pedindo mais alimento.
Devemos ter o bom sendo e perceber que é uma manha natural ao filhote.
Caso continuemos dando alimento podemos até mesmo estourar o papo do
filhote, vindo a matá-lo.
Alimentação:
A alimentação
das Calopsitas deve ser bem observada, sobretudo em época de posturas.
Abaixo seguem orientações.
20% de alpiste, 50% de painço, 15% de arroz com casca, 10% de aveia
e 5% de girassol miúdo. Deixar nos alimentadores para ser consumido
conforme necessidade da ave. Atualmente se encontram alimentos prontos a granel
(por quilo) ou em pacotes fechados, de diversas marcas. Estes alimentos, via
de regra, possuem a constituição acima adicionada de algum(ns)
ingrediente(s) variando de fabricante para fabricante. A granel podem ser
encontradas rações para periquitos ou calopsitas (embora esta
última seja mais difícil de ser encontrada). Atualmente podem
ser encontrados alimentos extrusados prontos para estas aves.. Estes alimentos
extrusados contém prebióticos
que ajudam na saúde das aves. Também existem alimentos extrusados
preparados especialmente para as épocas de reprodução,
muda e estresse das aves. Note que nem todas as aves aceitam prontamente alimentos
extrusados devendo haver uma transição programada ou misturada
à ração normal.
Alpiste |
Aveia |
Girassol |
Painço |
Arroz com casca |
Não
é aconselhável fornecer apenas um tipo de semente. Além
de causar carência nutricional alguns alimentos com porcentagem mais
elevada ( ex: aveia ) podem causar distúrbios gástricos, diarréias
e outros problemas. A utilização das porcentagens acima garante
a melhor taxa de aproveitamento x necessidades das aves.
Farinhadas.
Estas farinhadas podem ser feitas em casa ou compradas prontas em pet shops.
Em casa é normalmente feita com ovo cozido normalmente amassado com
fubá. Alguns criadores misturam Neston nesta farinhada caseira. Porém
deve ser obrigatoriamente retirada após algumas horas para não
estragar e afetar as aves. As farinhadas comerciais têm um período
de validade maior visto serem desidratadas.
Frutas e legumes em pedaços e verduras como espinafre, chicória,
brócolis, almeirão e couve, bem lavados (2 a 3 vezes por semana).
Também podem ser fornecidas folhas de beterraba.
Não
forneça alface ( pode ocasionar diarréia) .
Não é aconselhável fornecer tomate,
beringela e abacate.
Milho
verde (diariamente ou em dias alternados. Caso haja filhotes
fornecer diariamente!). O milho verde é muito importante para
a saúde de uma calopsita. Grãos germinados de girassol, milho
seco, painço, aveia com casca, trigo e arroz sem casca. Também
pode ser fornecido grão de bico após deixar de molho para amaciar.
Pão duro, seco e em pedaços de preferência o integral.
Há criadores que fornecem os pães umedecidos. Mas nestes casos
devem ser trocados após poucas horas no máximo. Areia grossa
e lavada e farinha de ostras para ajudar na digestão e como fonte de
cálcio (principalmente na reprodução); Carvão
vegetal em pedaços ou moído e adicionado à areia e à
farinha de ostras; Osso de siba ( também conhecido como osso de baleia
) . Atualmente podem ser encontradas nas lojas especializadas compostos contendo
areia lavada, farinha de ostras (ou ossos), carvão vegetal, erva doce
( conforme o fabricante há variação na composição
). Este tipo de composto é comumente denominado grit .
Foto :
Beatriz Fabel Milioli
Podem
ser fornecidas também abóbora e cenoura cruas, cortadas longitudinalmente
( comprido ) de forma que o miolo fique mais exposto. Parece haver preferência
da abóbora à cenoura. Ambas têm caroteno ( proto vitamina
A ). A semente da abóbora funciona como vermífugo.
Encontram-se
disponíveis também alimentos diversos apelidados de 'papa universal'
. É um conjunto de elementos que varia de fabricante a fabricante.
Alguns possuem em sua composição ovo em pó, farelo de
soja, levedura seca de cerveja, farinha de conchas, premix vitamínico,
óleo vegetal e outros.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Reprodução:
casal e seus ovinhos.
casal de calopsitas.
reprodução:
Algumas mutações de calopsitas têm dimorfismo sexual quando adultas. A maioria das calopsitas, todavia, apenas podem ter o sexo identificado com segurança através do exame de DNA. Que custa de cerca de 12 até 15 reais.
A reprodução poderá ser feita a partir de 12 meses durante todo o ano, mas é aconselhável tirar apenas duas ou três ninhadas por ano. Tem uma postura de quatro a sete ovos com incubação de 17 a 22 dias. Os filhotes devem ser separados dos pais com oito semanas de vida.
De acordo com experiencias mais atuais, pode-se constatar que em sua primeira postura, a fêmea acasalando com um macho de idade inferior a 12 meses, produziu quantidade inferior a 4 ovos.
O ninho pode ser horizontal ou vertical, mas geralmente são utilizados ninhos verticais de 30 cm de altura. Fundo do ninho deve ser coberto com turfa ou aparas de madeira. Ambos os sexos chocam, os machos principalmente de dia e as fêmeas de noite.
Na natureza, costuma se reproduzir nas épocas de chuvas, até porque os alimentos aparecem mais fartamente, em cativeiro a reprodução pode ser feita o ano todo, mas principalmente na primavera e/ou verão.Na floresta a mesma Procura geralmente um eucalipto que esteja próximo a água e faz seu ninho em algum buraco já existente na árvore.
É originária da floresta australiana, e conheceu uma grande expansão por criadores em todo o mundo.
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